quinta-feira, 14 de outubro de 2010

RELACIONAMENTOS AMOROSOS NOS DIAS DE HOJE

Aquela estrutura aparentemente fixa e funcional de que o homem trabalha enquanto as mulheres cuidam da casa e dos filhos está se modificando. Sabemos que hoje muitas mulheres trabalham e que tem homens auxiliando nas tarefas do lar e desenvolvendo mais ativamente a paternidade do que antigamente.
E o que isso tem a ver com os relacionamentos afetivos atuais?
Em primeiro lugar, não sabemos  mais como agir, isto é, não está mais definido o que deve ou não ser feito pelo homem ou pela mulher! Está cada vez mais difícil saber a função de cada um, bem como o que o parceiro deseja, qual tipo de relação que ele/ela quer desempenhar. Estamos perdidos, não sabemos pra onde ir, perdemos o rumo!!!
Em segundo lugar, o modo de relacionar antigamente era outro, pois tanto a época como as pessoas mudaram com o tempo. E então,  como fazemos para saber o que o outro quer ? Por que ele/ela não me pede em namoro ou casamento logo? O que eu tenho que fazer para ser atraente? Se eu não sei o que o outro quer, o que o outro pensa, como ele sente essas mudanças de relacionamento, nada melhor que perguntar e conversar a respeito. Sim, expor sim, sem medo nem vergonha! Afinal, ou você ou o outro precisam dar o primeiro passo nessa longa viagem do amor.
O que geralmente falta nas relações é dialogo e escuta. O outro diz, não paramos para ouvir, e vice-versa.
Mas, se um não sabe o que o outro quer, e fica imaginando coisas, sonhando sozinho, esperando que o outro faça isso ou aquilo... vai sofrer muito! Sabe por quê? Se não dizemos o que sentimos e o que esperamos, não tem como o outro adivinhar.
Claro que mesmo sabendo, as vezes o outro não vai retribuir a altura que gostariamos, mas começar a se mostrar, arriscar um pouco falar de si, ser você mesmo, parar de fazer charme, de querer agradar, sem vergonha do que o parceiro vai pensar... Aceite ser você mesmo, do seu jeito, e você corre um grande risco de alguém se aproximar realmente de VOCE!
Uma relação envolve intimidade e isso vai muito além de um contato sexual. A cumplicidade, troca, respeito fazem parte dos relacionamentos...e tudo começa quando um dos dois quebra o gelo, entregando ao outro tanto seu lado forte quanto o mais fragilizado, sem medo que o outro desapareça ao ouvir seus fracassos, seus vícios...
Meu convite é que você comece as relações mais confiante em si, deixando as suas defesas de lado, porque o amor não precisa de defesa, o amor é entrega!
Quando você fica fazendo coisas para agradar o outro, para ter a atenção dele, não é amor. O amor é natural, você faz porque gosta, e não espera a aprovação do outro.
Quando um dos amantes faz algo esperando retorno, isso não é amor. Pode ser qualquer outro tipo de relação, menos amor. Uma das relações mais comuns é a de dependência, quando o outro passa ser fundamental e exclusivo para a felicidade de alguém. E quando alguém precisa do outro para ser feliz, também não é amor. Porque o amor do outro não é necessidade, é complemento! O outro pode intensificar a felicidade que você já tem dentro do seu coração, mas quando você ainda não sabe do que gosta, do que quer, terá dificuldade em expor ao seu parceiro suas vontades, e quando seu parceiro não sabe o que você gosta, o que você pensa, quem você É, não haverá troca e surge o conflito.
O conflito começa porque ele não é encarado, ele não é visto de frente, geralmente, o que nos incomoda, deixamos de lado. E quando deixamos um conflito de lado, quando não olhamos para algo que sabemos que podemos melhorar e não melhoramos, é sinal de que estamos nos deixando de lado também. Quando nos deixamos de lado, todas as outras pessoas também nos deixam, pois passamos a nos tornar menos atraentes, a luz interna diminui.
Quem vai querer se relacionar com pessoa apagada, com pessoa que não faz por si e só espera o outro para vir dar brilho a sua vida? Não é mais fácil se relacionar com alguém que já tem brilho, somos luzes e clarearem?
Fique atento aos seus atos, quais atividades você desenvolve para ocupar seu tempo e, ao mesmo tempo, distrair-se de você mesmo. Seus relacionamentos têm grandes chances de ser como você se relaciona consigo...  está em suas mãos a possibilidade de amar e ser amado!

Luciana Moreira Gonçalves é Psicologa e atende em consutório no Tatuapé -São Paulo/Sp.
Email: luzciana.psi@ig.com.br